As crianças também sofrem
A Organização das Nações Unidas definiu o dia 4 de junho como o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão.
Na Cáritas, acompanhamos crianças e jovens vítimas de violência doméstica que não sendo muitas vezes o alvo principal das agressões, não deixam de ser vítimas invisíveis, carregando consigo graves traumas psicológicos.
Apartir de 2021, passamos a ter uma Resposta de Apoio Psicológico a crianças e jovens vítimas de violência doméstica (RAP) que visa promover o atendimento, acompanhamento e apoio psicológico especializado e gratuito a crianças e jovens vítimas de violência doméstica e violência de género. Surgiu do (re)conhecimento do impacto da violência doméstica contra crianças e jovens, exigindo uma intervenção mais atenta, designadamente na Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, através da promoção de respostas de apoio especializado para estas vítimas, tendo em conta a sua vulnerabilidade e necessidades específicas.
Segundo a CIG (Comissão para a cidadania e igualdade de género), entre 2015 e 2019, foram acolhidas nas casas de abrigo e nas respostas de acolhimento de emergência da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, com as suas mães, um total de 7 414 crianças e jovens.
No ano de 2020, as situações de perigo de exposição a violência doméstica e a ofensa física em contexto de violência doméstica foram as situações de perigo mais sinalizadas às Comissões de Proteção de crianças e jovens- cerca de 13 363 crianças (em 2022, das 52 121 sinalizações feitas a esta última instituição, 16 478 foram de violência doméstica).
Continuamos a trabalhar para quebrar ciclos de violência e de descriminação.