Proteja as Crianças do Silêncio da Violência
Proteja as Crianças do Silêncio da Violência
O Relatório Anual da Atividade das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de 2023 revelou que a negligência e a violência doméstica foram as principais situações de perigo relatadas. O documento apontou um aumento significativo de 523 comunicações sobre violência doméstica em comparação com o ano anterior, abrangendo tanto agressões físicas, quanto a exposição das crianças a ambientes violentos.
O papel das escolas torna-se ainda mais crucial nesse cenário. A escola, frequentemente, assume-se como o único espaço seguro para muitas crianças, oferecendo suporte emocional e estabilidade. Com o início do novo ano letivo, é essencial que os professores e educadores estejam atentos a sinais de alerta e criem um ambiente acolhedor que promova o respeito, a empatia e a partilha.
A identificação precoce destes sinais é vital para prevenir consequências mais graves no desenvolvimento integral das crianças e jovens.
Crianças até 6 anos podem apresentar sintomas físicos como dores de cabeça e barriga, medo, alterações no sono e na alimentação, além de regressões comportamentais, como voltar a chupar o dedo. A irritabilidade e a maior dependência dos adultos também são comuns. Entre 6 e 12 anos, as crianças podem demonstrar distração, quebra no desempenho escolar, isolamento, baixa autoestima e comportamentos agressivos, sentimentos de culpabilização. Jovens a partir dos 12 anos tendem a negar ou ocultar situações familiares, manifestando comportamentos agressivos, desobediência e risco de consumo de substâncias. Ademais, jovens enfrentam maior dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis e apresentam níveis mais elevados de ansiedade e ideação suicida.
Para apoiar as crianças e jovens vítimas de violência doméstica, a Cáritas Arquidiocesana de Braga, disponibiliza a Resposta de Apoio Psicológico (RAP) integrada no Espaço Igual. Este serviço, destinado a crianças e jovens até aos 18 anos, cobre o concelho de Braga, e visa proporcionar apoio psicológico e psicoterapêutico especializado, minimizando o impacto emocional e psicológico da vitimação.
De janeiro a setembro, a RAP, mudou a vida de 73 crianças vítimas ao proporcionar acompanhamento psicológico.
Regresso às aulas, regresso ao cuidado!
Contactos úteis
800 202 148 – Serviço de informação a vítimas de violência doméstica
800 20 66 56 – Linha da criança do provedor da justiça
112 – número nacional de emergência
116 111 – SOS Criança
253 263 252 – Cáritas Braga
939 627 927 – Espaço Igual | Cáritas Braga