1 ano da estrutura de acolhimento para migrantes
Celebra, hoje, 1 ano de existência e já acolheu 90 migrantes deste a sua abertura a 18 de dezembro de 2022. Data melhor seria impossível, comemora-se, também, o dia internacional para as migrações. Fluxos migratórios que podem ser muito positivos para o nosso país mas é preciso saber aproveita-los e organiza-los. Preocupamo-nos com as condições, ou a falta delas, em que as populações migrantes vivem.
“Sem os imigrantes, alguns sectores económicos entrariam em colapso” em Portugal, mostra relatório do Observatório das Migrações.
De acordo com o relatório, sai reforçada a conclusão de que “a imigração em Portugal é essencialmente laboral e ativa, contrariando o argumento defendido em alguns países europeus de que a imigração tem eminentemente objetivos de maximizar apoios públicos e desgastar as contas públicas das sociedades de acolhimento”. Outra das notas deixadas no relatório é a de que “sem os imigrantes, alguns setores económicos entrariam em colapso” em Portugal.
O mesmo relatório da conta que há um saldo positivo histórico na segurança social, criado pelas contribuições dos imigrantes: 1.600 milhões de euros de lucro. Os trabalhadores estrangeiros pagaram mais de 1.800 milhões e só receberam 250 milhões em prestações sociais.
O Observatório das Migrações diz que estes contribuintes têm, por norma, piores condições de trabalho e de habitação, mas nesta altura só eles mantém vivos alguns setores de atividade.
Avaliação aos migrantes após 2 meses da saída do acolhimento da Cáritas
Conclusões do estudo feito:
No que respeita às razões para escolherem Portugal como se pode verificar são diversas, mas que vão de encontro à mensagem de Portugal um país de portas abertas.
No que concerne à caracterização do acolhimento tanto no geral como em relação à Cáritas Arquidiocesana de Braga, destacam sem dúvida a empatia e o respeito pelo outro. Já quando se analisa as dificuldades sentidas algumas identificamos como transversais como a questão da Língua. No entanto, neste campo destacam-se duas dificuldades que são concomitantes uma da outra e que refletiram a realidade de 1/3 dos acolhidos nestes primeiros 6 meses: a) “Demora na decisão da proteção temporária” e b) “Reunir condições para fazer a Manifestação de Interesse”. Dificuldades estas que conduziram a que muitos optassem por sair da Estrutura de Acolhimento e procurar outras soluções a nível nacional e internacional.
De uma forma geral, as respostas recolhidas permitem aferir que o acolhimento foi positivo e que as razões que levaram à escolha de Portugal foram de alguma forma validadas por este acolhimento. Para além disso, dos resultados obtidos é possível analisar pontos a melhorar no futuro como a questão dos diferentes grupos no mesmo espaço.